terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Aconteceu



quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Convite

Convidamos você para participar do lançamento oficial do CLUBE DO PEDAL, no próximo dia 11 de fevereiro, às 20h, no SESC Catanduva. Participe! Mais informações na Central de Atendimento da unidade ou pelo telefone 17 3524 9200.

Pedalando na cidade

Transitar de bicicleta por uma cidade exige alguns cuidados como qualquer outro meio de transporte. O maior problema é a falta de informação geral dos ciclistas e motoristas pelo fato de que, no Brasil, nunca foi dada ênfase ao transporte ciclístico e, sendo assim, alguns acidentes acontecem pelo simples fato dos motoristas não saberem como agir quando uma bicicleta se aproxima. Sendo assim, veja como acontece no mundo:

1- O ciclista respeita as mesmas leis do trânsito local

2- Nunca pedala pela contramão

3- Transita pela direita por ser um veículo lento, direito este garantido pelo Código Nacional de Trânsito, no qual os motoristas devem manter-se a distância de 1,5m do ciclista quando ultrapassá-lo.

4- Ultrapassa pela esquerda depois de ter visualizado o que vem de trás.

5- Sinaliza suas intenções como não temos pisca-pisca, devemos sinalizar com as mãos nossa mudança de trajetória e, após termos certeza de que os motoristas tenham entendido o recado, é que podemos mudar de direção.

6- Não se transita pelas calçadas reservada aos pedestres. Quando isto for inevitável, portar-se como pedestre, ou seja, empurrando a bicicleta (Esta lei nos EUA, por exemplo, é válida para os adultos. As crianças até 10 anos podem transitar pelas calçadas com velocidade moderada).

7- Respeita-se os limites de velocidade numa descida de uma rua tranqüila cheia de travessas, o limite é de 40 km p/ hora. De bicicleta, poderíamos passar desta velocidade facilmente soltando os freios, arriscando nossas vidas e, possivelmente provocando um acidente.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Pedalada

Cele o quê?

por Marcus Aurelius Pimenta

Se você acha bicicleta uma palavra difícil de pronunciar é porque não viveu no século XIX e nem conheceu o barão de Civrac.

Ele foi o criador de um veículo que pode ser considerado o bisavô das atuais magrelas. Sendo mais preciso, tratava-se de uma estrutura de madeira ligada a duas rodas e impulsionada, lógico, pelos pés. Podia ser estranho, mas funcionava.

O nome dado a essa engenhoca soa um pouco esquisito para os nossos ouvidos: celerífero. Achou complicado? Bem, se isso facilita ele também a chamava de velocífero.

O invento foi, aos poucos, sofrendo modificações. O barão Von Drais incorporou ao modelo um sistema de direção. Isso melhorou bastante as coisas para os proto-ciclistas. Para você ter uma idéia do desempenho, esse modelo - chamado La Draysienne - atingia a velocidade de quinze quilômetros por hora.

A coisa foi progredindo e chegamos em 1855, quando se criou, finalmente, um sistema de pedais parecido com o de hoje em dia. Aí se começou a pensar na produção em escala industrial.

Devemos isso a Pierre Michaud, que, curiosamente, não era barão.

Foi ele o criador daqueles famosos modelos em que a roda da frente, onde ficavam os pedais, era bem maior que a traseira. Pierre Michaud foi também o dono da primeira fábrica de bicicletas do mundo: a Biciclos Michaud. Seus modelos eram chamados michaudines - pronuncia-se michodines. Como se vê, gosto para nomes não era o forte dos pais da bicicleta.

Daí para as primeiras competições foi um pulo, ou melhor, uma pedalada: a primeira prova de que se tem notícia, realizada no crcuito Toulouse-Craman-Toulouse, aconteceu em 1869. A partir dessa seguiram-se tantas outras que foi preciso criar associações internacionais para pôr ordem e critério nas disputas. Se você é um fã das bikes, certamente já ouviu falar das voltas da França e da Espanha, duas das mais famosas competições dos nossos dias.

O então recém-criado cinema também não deixou de registrar o grande interesse que se formava em torno das bicicletas. Em 1905, dez anos após as pioneiras exibições dos irmãos Lumiére, André Henzé produziu "O Ladrão de Bicicleta", primeiro filme a ter uma magrela como tema.

Bicicletas só foram aparecer no Brasil no finzinho do século XIX. Um dos primeiros conterrânaeos a dirigir um biciclo foi o jovem paulistano Fortunato de Camargo. Ele gostava de passear na rua da Consolação porque ela era toda de terra batida e quase não tinha trânsito. Bons tempos.

Um italiano, chamado José Noschese, montou na praça da República uma casa de aluguel de bicicletas chamada Circo de Velocípedes. O custo era alto, mas os jovens paulistanos pagavam qualquer preço parasatisfazer o desejo de experimentar a novidade. Alguma semelhança com os jovens de hoje em dia?

O ciclismo esportivo também chegou por essa época e logo se tornou uma mania daqueles tempos. O primeiro circuito do país foi o Velódromo Paulistano, que ficava na rua Dona Veridiana, bairro de Vila Buarque. Inicialmente ele era feito de terra, mas o asfalto não demorou: foi aplicado apenas um ano após sua inauguração, em 1895.

Na área central do Velódromo armou-se um dos primeiros campos de futebol da cidade. Ali se disputavam as partidas - ou matches, como se dizia então - entre Corinthians, Palestra Itália (o Palmeiras de hoje) e Paulistano, os grandes esquadrões da época.

Com o tempo a bicicleta passou a ser uma elemento inseparável do cenário de todas as cidades brasileiras, consagrando-se como o meio de transporte preferido da massa trabalhadora. Toda pessoa que foi jovem entre os anos quarenta e cinquenta tem pelo menos uma história a contar relacionada a bicicletas.

Nessa época um fato marcante: Claudio Rosa e Anésio Argeton fizeram bonito representando o Brasil em competições de ciclismo internacional. Esse foi também o período áureo das marcas Caloi e Monark, senhoras absolutas do mercado nacional por muitos anos.

Hoje o esporte se diversificou e há várias modalidades praticadas em todo o mundo, como o mountain-bike e suas divisões como o downhill, o freeride e o cross-country.

A prática do ciclismo, desde que feita com cautela e responsabilidade, só faz bem à saúde. Além de ajudar a perder peso - um ciclista queima dez quilocalorias a cada quilômetro percorrido -, ela melhora o desempenho respiratório e o bom humor, três ótimas razões para deixar de lado o carro que induz ao sedentarismo, ocupa espaço e polui o ar.